Irmã Nogueira, com sua visão de futuro aliada à fé inabalável, converteu a instituição à modernização das suas instalações, à criação de serviços de saúde e educação de qualidade, e ao fortalecimento dos valores espirituais. Sob sua liderança, o Patronato se consolidou como um centro educacional inovador, deixando um legado na tradição.
Entre 1954 e 1957, a gestão da primeira diretora do Patronato foi marcada por um período de profundas transformações e avanços significativos.
Durante a gestão da primeira diretora, Irmã Carmélia da Costa Nogueira, o Patronato Sousa Carvalho passou por um período de notável crescimento, consolidando-se como uma instituição de referência em educação e espiritualidade na cidade de Ipu. Nesse período, eventos importantes marcaram a trajetória do Patronato, desde a construção de novas instalações até iniciativas educacionais e religiosas. A seguir, exploramos os principais momentos dessa fase histórica.
Em 21 de março de 1954, a Capela de Nossa Senhora das Graças, localizada no Patronato Sousa Carvalho, foi solenemente abençoada com a permissão da autoridade diocesana. Devido a um privilégio especial das Irmãs de Caridade, a capela foi considerada Semipública, o que ampliou seu papel religioso na comunidade. A cerimônia contou com a presença de autoridades locais e de um grande número de fiéis, e na mesma ocasião, foi abençoada a imagem de São Vicente de Paulo, uma oferta do Sr. Vicente Ferreira Maria. Esse evento marcou o início de uma nova fase espiritual para o Patronato e para a cidade de Ipu.
Em 28 de março de 1955, foi formalizada a criação da Fundação Nilo de Sousa Carvalho, em São Paulo, com o objetivo principal de garantir a manutenção e o desenvolvimento do Patronato. Nilo de Sousa Carvalho, visionário e benfeitor, dotou a fundação com cem ações da empresa Modas e Exportações Clipper S/A, estabelecendo uma base financeira sólida para a instituição. Com essa iniciativa, 80% das rendas líquidas da fundação foram destinadas ao Patronato, garantindo sua sustentabilidade por décadas. Esse apoio foi crucial para a expansão das instalações e a continuidade das atividades
Outro marco importante foi a instalação oficial da Associação de Santa Luzia de Marillac, no dia 1º de novembro de 1954. Sob a liderança de Irmã Rosalie Vieira e com o envolvimento de membros ativos como Elimar Camelo Timbó (presidente) e outras figuras notáveis da comunidade, a associação foi uma força motriz em atividades de caridade e ações sociais, alinhando-se aos princípios da Congregação das Irmãs de Caridade. Essa organização fortaleceu os laços entre a comunidade escolar e a população local, ampliando o alcance das ações humanitárias do Patronato
A Irmã Nogueira, com sua visão de futuro, propôs um ambicioso projeto de expansão das instalações do Patronato. Em 16 de agosto de 1955, foram iniciadas as obras de construção do Auditório Nilo Carvalho e da Casa de Hóspedes, sob a responsabilidade do construtor Francisco Cesário Filho, mais conhecido como Chico Sobral. A inauguração oficial desses novos espaços ocorreu em 27 de novembro de 1956, data em que se celebra o Dia da Medalha Milagrosa. Com essa expansão, o Patronato adquiriu uma infraestrutura moderna, capaz de atender a uma demanda crescente por eventos culturais e educacionais, além de oferecer acomodações para visitantes. Essa iniciativa consolidou o papel do Patronato como um importante centro comunitário.
Preocupada com o bem-estar físico dos alunos, Irmã Nogueira supervisionou a criação de um Gabinete Dentário dentro das dependências do Patronato. O dentista prático Sr. Cícero Pereira de Paiva foi nomeado para oferecer atendimento às crianças, especialmente às mais pobres. Esse serviço pioneiro destacou o compromisso da instituição em cuidar não apenas da formação educacional, mas também da saúde dos alunos, mostrando uma abordagem holística em relação ao desenvolvimento infantil.
A Irmã Nogueira entendeu que a saúde bucal era fundamental para o aprendizado e o bem-estar geral das crianças. Com o Gabinete Dentário, as crianças tiveram acesso a tratamentos que antes eram inacessíveis, como limpezas, extrações e orientações sobre higiene dental. Além disso, essa iniciativa não apenas beneficiou os alunos diretamente, mas também promoveu a conscientização entre os pais sobre a importância da saúde bucal, estabelecendo um padrão de cuidados que se estendeu para além das paredes do Patronato. Assim, o trabalho de Irmã Nogueira se tornou um marco na promoção de uma educação integral, onde a saúde e o conhecimento andavam de mãos dadas.
A criação do Ginásio Sagrado Coração de Jesus, oficializada pela Portaria Nº 521 de 23 de fevereiro de 1956, foi outro passo importante na expansão educacional do Patronato. Esse ginásio, o primeiro ciclo de ensino secundário da região, representou um avanço significativo para a educação em Ipu. Graças ao esforço incansável de Irmã Nogueira e às orações da comunidade escolar ao Sagrado Coração de Jesus, a instituição conseguiu aprovação junto ao Ministério da Educação para iniciar as atividades ginasiais. O nome escolhido, Sagrado Coração de Jesus, refletia a devoção que norteava a comunidade escolar e tornou-se um símbolo de fé para os alunos
Fim de uma Era para a Escola Normal Rural de Ipu
Em 2 de dezembro de 1956, o Patronato celebrou a formatura da última turma da Escola Normal Rural, composta por 16 professoras, encerrando uma era crucial na formação de educadores na região. A escola, que iniciou suas atividades em 1951 nas dependências do Patronato, formou seis turmas, tendo sido marcada por belas obras de arte comemorativas das alunas.
Antes de sua transferência para o Patronato, a Escola Normal Rural funcionava em um casarão na Praça São Sebastião, impulsionada pelo professor Heleno Gomes de Matos com apoio de autoridades locais, como a primeira instituição dedicada à formação de professores em Ipu. Orientada pela Escola Padrão do Ceará, em Juazeiro do Norte, sob a liderança da renomada educadora Amália Xavier de Oliveira, a escola deixou um legado significativo.
Apesar de seu encerramento, o Patronato renovou seu compromisso com a educação ao inaugurar o Ginásio Sagrado Coração de Jesus, demonstrando adaptação às novas demandas educacionais enquanto continuava sua missão pedagógica.
Durante esse período, o Patronato também incentivou o protagonismo estudantil com a criação do jornal “Semeador”. Esse projeto permitiu que os alunos expressassem suas ideias e participassem ativamente da vida intelectual da instituição. O jornal estudantil foi uma importante ferramenta de comunicação e aprendizagem, estimulando o pensamento crítico e a criatividade dos jovens. Através de suas páginas, os alunos debatem temas sociais, religiosos e culturais, além de compartilharem suas experiências e perspectivas, fortalecendo o senso de comunidade e cidadania dentro do Patronato
O sucesso de todas essas iniciativas só foi possível graças ao comprometimento de uma equipe dedicada de Irmãs e professores, que atuaram em conjunto sob a liderança de Irmã Nogueira. Nomes como Irmã Rosalie Vieira, Irmã Genoveva Álvares, Irmã Susana Nogueira e outras religiosas, juntamente com o corpo docente, formaram um tempo coeso que impulsionou o desenvolvimento educacional e espiritual
A gestão de Irmã Carmélia da Costa Nogueira, de 1952 a 1957, foi um período de grande transformação e consolidação para o Patronato Sousa Carvalho. Com fé inabalável e um compromisso incansável com a educação, sua visão moldou o futuro da instituição, conduzindo-a para um caminho de sucesso. Irmã Nogueira acreditava no poder transformador da educação e na importância de preparar os alunos não apenas para a vida acadêmica, mas também para o exercício da cidadania e da espiritualidade. Sob sua direção, o Patronato cresceu, não apenas em estrutura física, com a ampliação de suas instalações, mas também em relevância social e espiritual, tornando-se um marco educacional e de valores na cidade de Ipu. Seu legado de inovação e dedicação continua a influenciar a formação de novas gerações até os dias atuais, mantendo viva sua visão de futuro.
Esse artigo faz parte de um documento histórico dos 25 Anos, escrito por Valdemira Coelho, professora, escritora e um dos pilares fundamentais da educação no Patronato.
Fotos históricas: Professor e Historiador Francisco Melo:
A imagem de São Vicente de Paulo foi uma oferta do Sr. Vicente Ferreira Maria
Irmã Nogueira expandiu as instalações do Patronato construindo o Auditório Nilo Carvalho e a casa de hóspede, sendo iniciadas em 16 de agosto de 1955 e inauguradas em 27 de novembro de 1956.
Preocupada com a saúde bucal e o bem-estar geral das crianças, principalmente as mais pobres, Irmã Nogueira instalou um Gabinete Dentário nas dependências do Patronato. O dentista nomeado para esse trabalho foi o Sr. Cícero Pereira de Paiva.
O Ginásio Sagrado Coração de Jesus foi criado em 23 de fevereiro de 1956, através da Portaria Nº 521, como o primeiro ciclo de ensino secundário. Graças ao esforço incansável de Irmã Nogueira e às orações da comunidade escolar ao Sagrado Coração de Jesus, a instituição conseguiu aprovação junto ao Ministério da Educação para iniciar as atividades ginasiais.
Em 2 de dezembro de 1956, o Patronato celebrou a formatura da última turma da Escola Normal Rural, composta por 16 professoras, encerrando uma era crucial na formação de educadores na região.
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